segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Reflexões sobre o ranking das escolas





Reflexões sobre o ranking das escolas

No dia 29 de novembro foram publicados os rankings das escolas, que nos merecem as seguintes reflexões:
Os rankings insistem em comparar  escolas que não são comparáveis.
Não é possível comparar um colégio privado que seleciona os seus alunos à entrada e durante todo o seu percurso académico, com uma escola pública inclusiva, que admite todos os alunos, incluindo as crianças com necessidades educativas especiais.
Não é possível comparar os resultados de crianças que vêm  de famílias com altas taxas de escolarização, que valorizam a educação, com os de crianças de famílias de baixa escolarização, que só mantêm os filhos na escola porque a isso são obrigadas.
Não é possível comparar os resultados de crianças que têm tudo (livros, computadores, internet, explicações) com os resultados de crianças que têm fome e que nem os manuais escolares têm.
Não é possível comparar as escolas das grandes áreas urbanas, onde existe uma grande oferta cultural, com as escolas das áreas rurais, desertificadas e envelhecidas, onde nada acontece.
Também não se podem comparar escolas que tentam levar todos os seus alunos a exame, com aquelas que promovem a anulação das matrículas dos alunos mais fracos, que depois vão a exame como externos e não influenciam os rankings.
Não será por acaso que as escolas pior posicionadas nos rankings do secundário, são as que têm taxas de conclusão do secundário mais elevadas.
Pelo atrás exposto, percebe-se que os rankings estão  longe de serem uma Bíblia, que tenhamos de seguir cegamente, como alguns defendem, mas também não são completamente inúteis, como outros apregoam.
Os rankings permitem-nos percecionar a nossa posição no conjunto dos agrupamentos das escolas públicas do nosso concelho, que têm uma realidade social com algumas semelhanças entre si e, principalmente, servem para vermos a evolução que temos tido, permitindo avaliar o nosso posicionamento, relativamente ao nosso desempenho em anos anteriores.
E o que nos dizem os rankings ?
Em primeiro lugar, que há vários rankings.
Os do “Público” não são iguais aos do “Correio da Manhã”, os do “Expresso” não são iguais aos do “Diário de Notícias” e as diferenças chegam a ser significativas.
Basta uns rankings serem construídos com todas as escolas e outros só entrarem em linha de conta com as que têm um determinado número de exames, para explicar algumas diferenças.
Depois, os rankings deste ano dizem-nos que a educação, a nível do ensino secundário, está muito melhor.
Nas escolas privadas a média de todos os exames subiu de 10,73 para 11,64 e nas escolas públicas subiu de 9,27 para 10,25.
O número de escolas com médias positivas subiu para mais do dobro, passando de 216 para 458.
Acontece que não acredito em saltos qualitativos desta magnitude num único ano.
Penso que tem havido uma gestão política dos exames.
No início, o MEC queria “provar” que o “facilitismo” não preparava os alunos.
Aumentou um pouco a dificuldade dos exames e os resultados foram maus.
Agora quer “provar” que a “exigência” e o “rigor” funcionam.
Altera-se um pouco a estrutura dos exames e os resultados melhoram.
Mas uma coisa é certa, mais fáceis ou mais difíceis, os exames são iguais para todos e não é esse o fator que explica a nossa descida no ranking das escolas públicas do nosso concelho, no ensino secundário.
No 2º ciclo não estamos mal (2º lugar no Expresso, 3º lugar no Diário de Notícias, Público e Correio da Manhã, em 12 escolas).
No 3º ciclo pioramos um pouco (3º  lugar no Expresso, 4º lugar no Diário de Notícias e Público, 6º lugar no Correio da Manhã, nas mesmas 12 escolas).
No ensino secundário já estivemos nos lugares cimeiros e este ano ficámos abaixo do meio da tabela (4º lugar no Expresso, 5º lugar no Diário de Notícias e Correio da Manhã, 6º lugar no Público, em 8 escolas).
Talvez esteja na altura de pensarmos conjuntamente (pais e professores) no que poderemos fazer para melhorar estes resultados.
Já Albert Einstein dizia que “estupidez é fazermos sempre a mesma coisa e esperarmos obter resultados diferentes”.
Olhando para o ranking, vemos que a escola pública que mais subiu no nosso concelho foi Carcavelos.
Mas é preciso cuidado.
Carcavelos tem a mais baixa taxa de conclusão do ensino secundário, o que pode querer dizer que os alunos mais fracos chumbaram, anularam as matrículas ou foram para os cursos profissionais, o que obviamente distorce os rankings.
Isto parece ser confirmado pelo facto de que o número de exames no 9º ano ser muito semelhante ao da Ibn Mucana (365 contra 356) mas no secundário estar muito abaixo (262 contra 392).
Temos de ver os resultados no tempo, ver a sua tendência e se são consistentes (um ano só, bom ou mau, não significa nada) mas talvez fosse de, sem preconceitos, fazermos um pouco de benchmarking (palavrão da Gestão, que significa estudarmos os melhores) e ver o que é que eles fazem de diferente.
Presidente da Associação
José Batalha





domingo, 30 de novembro de 2014

Reunião de pais - 2ªFeira dia 01 de Dezembro de 2014







A próxima 2ª feira é a primeira do mês e por isso dia da nossa reunião, às 21.00 horas.
É muito importante a participação de todos porque para além dos assuntos correntes (palestras, aula de zumba solidária, feiras do livro, etc) teremos dois assuntos fora do comum:
- A transferência de competências do MEC para a CMC.
- A contratação de 2 psicólogas.
Cumprimentos.
José Batalha.

domingo, 16 de novembro de 2014

Reunião extraordinária da Associação de Pais, 2ªFeira, 17 de Novembro de 2014, pelas 21h00


Estão em curso negociações entre o Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Cascais, para a transferência de competências.
Trata-se de um assunto muito sério, que vai inclusive levar à transferência da propriedade das escolas.
Os Conselhos Gerais das escolas vão ser chamados a pronunciarem-se muito em breve (pretendem assinar um contrato que entre em vigor a 1 de janeiro) e eu acho que a posição que iremos expressar no nosso Conselho Geral deve ser aquela que os pais decidirem.
Assim, venho convocar uma reunião extraordinária da nossa Associação para a próxima 2ª feira, dia 17 de novembro pelas 21.00 horas.
Aproveitaremos para falar de outros assuntos, nomeadamente da feira do livro, do apoio ao serviço de psicologia da escola e da "Campanha de cabazes de Natal"

Cumprimentos.
José Batalha
PS. Pode consultar os documentos relativos à transferência de competências neste link.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Palestra para Pais, alunos e professores - Professor Jorge Rio Cardoso




A Associação de Pais
 convida-o 
a participar na palestra do professor Jorge Rio Cardoso,
 autor do livro Ser Bom aluno Bora lá 
e, mais recentemente, do livro O professor do futuro
a realizar-se no próximo dia 04 de dezembro, pelas 18h30, no pavilhão multiusos.

 Este convite é extensível a professores e alunos a partir dos 14 anos.

O objetivo desta palestra
 é partilhar ferramentas, estratégias para se alcançar o sucesso escolar.

Os livros do professor Jorge Rio Cardoso estarão expostos para aquisição.

A participação é gratuita.
Contamos consigo!

Para melhor gerirmos o espaço, solicitamos que proceda à sua inscrição através do envio de um e-mail para o endereço:
 apaisibnmucana@gmail.com com o assunto Inscrição Palestra,

 indicando-nos a sua qualidade.




domingo, 2 de novembro de 2014

Entrega dos Prémios de Excelência e Mérito - 31 de Outubro de 2014



DISCURSO DE ENTREGA PRÉMIOS DE EXCELÊNCIA E MÉRITO

Criámos o Prémio de Excelência e Mérito, para darmos aos nossos jovens um sinal claro de que vale a pena estudar, vale a pena trabalhar, vale a pena querermos sempre melhorar o nosso desempenho.
Nestes tempos de crise, ouve-se por vezes dizer que já não vale a pena estudar, porque vamos acabar no desemprego ou como caixas de supermercado.
Esta ideia é muito perigosa, porque é completamente falsa.
É verdade que entre os jovens desempregados, 14% têm uma licenciatura, mas os não licenciados são 86% do total.
É verdade que o desemprego entre os licenciados subiu 2,2%, mas o desemprego entre os não licenciados subiu 5,7%, mais de duas vezes e meia.
É verdade que os ordenados dos licenciados desceram, mas os dos não licenciados desceram ainda mais.
Em média, os licenciados recebem um vencimento 70% superior ao dos não licenciados.
O Padre António Vieira dizia que “A boa educação é moeda de ouro. Tem valor em qualquer lado”
Esta frase deveria estar escrita à entrada de todas as escolas.
Se isto já era verdade no século XVII, é muito mais verdade no século XXI.
A Alemanha contrata no estrangeiro 50.000 engenheiros todos os anos.
Não consta que contrate analfabetos.
A Inglaterra quer impor restrições à entrada de imigrantes, mas só para os não qualificados.
Médicos e enfermeiros, vêm cá buscar todos os dias.
Vale a pena estudar e não podemos permitir que se diga o contrário, porque isso leva à desmotivação e à desistência.
Portugal só terá futuro se apostar na educação de excelência dos seus jovens.
Hoje premiamos os melhores dos melhores, estimulando todos os outros a seguirem estes belos exemplos.
Mas grande parte do sucesso destes jovens, deve-se ao trabalho empenhado dos seus professores.
Muitas vezes em condições difíceis, sofrendo incompreensões e injustiças, quase sempre de onde menos deveriam vir, os professores desta escola têm conseguido motivar os seus alunos a conseguirem bons resultados.
Para eles a nossa homenagem e a garantia de que terão sempre ao seu lado a Associação de Pais, quando estiverem em causa a melhoria das condições de trabalho e aprendizagem.
Contem connosco, como nós também contamos convosco.
Por último um agradecimento a quem tornou este Prémio possível:
- À Junta de Freguesia de Alcabideche.
- À After-school
- À Caixa Geral de Depósitos
- À Soudal
- E, principalmente, a todos os pais e mães que têm apoiado a Associação.
O nosso muito obrigado.


O Presidente da Associação de Pais
José Batalha
 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Convocatória para Assembleia Geral


CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

A Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Secundária IBN Mucana, convoca, nos termos e para os fins previstos no Art.º 11.º dos Estatutos desta associação e para efeitos do disposto no n.º 6 do Art.º 6.º dos Estatutos da mesma, todos os Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária IBN Mucana para uma Assembleia Geral Ordinária a realizar-se na Escola no próximo dia 03 de novembro de 2014, pelas 21 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Apresentação e aprovação do Relatório de Atividades e Contas referentes ao exercício de 2013/2014;
2. Eleição dos Órgãos Sociais da Associação para o Ano Letivo de 2014/2015;
3. Plano de Atividades para 2014/2015;
4. Alteração dos Estatutos;
5. Outros assuntos de interesse geral;

Nos termos da Lei, não havendo quórum, a Assembleia Geral terá início meia hora depois com a presença de qualquer número de Pais e Encarregados de Educação deliberando então a assembleia com qualquer número de associados.
Alcabideche, 22 de outubro de 2014

Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

José Pedro Marques

domingo, 26 de outubro de 2014

Discurso proferido no 39.º encontro Nacional de Associações de Pais





Discurso do presidente da associação de Pais - José Batalha - proferido no 39.º encontro Nacional de Associações  de Pais, na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, no dia 25 de outubro de 2014 no âmbito da campanha "Papel por alimentos".

"Portugal está a atravessar uma grave crise financeira, económica e social, cujo final ainda não se vislumbra.
Esta crise não é apenas um chavão para abrir telejornais, antes provoca  vítimas muito concretas.
Entre desempregados e inativos temos cerca de um milhão de pessoas, das quais mais de metade não recebem qualquer subsídio.
O Rendimento Social de Inserção baixou mais de 40% nos últimos três anos, passando de 520 para 315 milhões de euros, quando, face às necessidades,  deveria ter aumentado.
Uma em cada quatro crianças portuguesas até aos 18 anos, está em risco de pobreza.
Temos crianças a irem para as escolas com fome, o que não pode ser aceite como normal, num país da União Europeia, em pleno século XXI.
Temos de ser mais exigentes com quem nos governa, quer a nível central, quer a nível local.
Mas  temos também e principalmente, de ser mais exigentes com todos e cada um de nós.
Enquanto comunidade, temos de ser capazes de sermos solidários com os nossos membros mais fragilizados.
A comunidade escolar não pode assobiar para o lado, quando temos crianças que chegam a desmaiar com fome, em plena sala de aulas.
Isso já aconteceu na Ibn Mucana e não queremos que se volte a repetir.
Para o evitar, lançámos uma campanha permanente de recolha de papel/cartão, cuja venda permite pagar os pequenos-almoços, os almoços e os lanches das crianças que a escola, através dos professores e diretores de turma, vai referenciando e que já são mais de sete dezenas.
Em 2013 recolhemos 14.980 kg de papel e cartão.
Em 2014 já recolhemos 59.130 kg, que nos renderam 4.353,00 euros.
Recolhemos também 400 kg de tampinhas plásticas, que nos trouxeram mais 259,00 euros.
As quantidades recolhidas estão a aumentar de forma exponencial.
Cada vez temos mais crianças, mais pais, mais professores, mais funcionários, a levarem papel para a escola e temos mais empresas a oferecerem-nos o seu papel e cartão, desde que façamos a sua recolha.
Para envolvermos todos os setores da nossa comunidade escolar nesta ação, criámos uma Intituição Particular de Solidariedade Social, onde estão, nos seus órgãos sociais, pais e professores de todas as escolas do Agrupamento, funcionários, alunos e ex-alunos, numa comunhão de vontades, em favor das crianças que mais precisam.
Mas este crescimento está a ficar limitado pela nossa capacidade de recolha e transporte, que é feito nos carros particulares de alguns de nós.
Para superarmos esta limitação, temos em curso uma campanha de “crowdfunding” para adquirirmos uma carrinha em 2ª mão, que permitirá triplicar a nossa capacidade de recolha e transporte e assim reforçarmos a nossa capacidade de ajudar.
Até agora, esta campanha ainda não teve o apoio de que precisamos, mas vamos fazendo o nosso caminho e acabaremos por chegar lá.
Parafraseando um provérbio conhecido: Não queremos que nos deem o peixe. Nem sequer precisamos que nos ensinem a pescar. Apenas pedimos que nos ajudem a comprar a cana de pesca.
A nossa campanha de crowdfunding aceita donativos a partir de 1 euro e quem nos quiser apoiar pode fazê-lo através de: http://ppl.com.pt/pt/causas/diga-nao-fome-escolas
Muito obrigado"